quarta-feira, 7 de maio de 2008

de volta aos palcos : 1º Salão do Livro de Goiânia




No mês de Abril eu pude matar um pouco a saudade de estar com crianças, Participei como contadora de histórias do primeiro Salão do Livro de Goiânia, que aconteceu de 2 a 6 de Abril.
Mais uma vez me senti como uma principiante na frente de cento e vinte pessoas e pessoinhas de 3 a 50 anos. Contei uma história que adaptei de um mito africano coletado pelo antropologo Pierre Verger, “A dança de Oxúm”. Foi lindo demais ver e sentir todos aqueles olhares, e mais uma vez me vi criança-mulher no intuito de fazer ás pessoas sonharem junto comigo.



a história que brota da terra

No final do mês de Março tive minha primeira experiência de campo arqueologico. Trabalhei por quinze dias em uma pequena cidade do Tocantins, Palmeiropólis, na verdade aos arredores da cidade, onde fizemos o resgate de 6 sitíos arqueologicos pré-históricos. Lá coletamos artefatos para pesquisas em laboratório que nos diram apartir de que periodo aquela area foi povoada, e por quais etnias. A teoria sobre o trabalho do arqueólogo jamais pode nos passar ou explicar a emoção de encontrar seu primeiro artefato arqueologico, ou da beleza especifica de cada sitío pesquisado, do aprendizado adquirido com o convivío com as pessoas daquela região, pessoas com as quais você convive e se interaje durante a execução da pesquisa de campo. E então você percebe que a história para uma pesquisadora não vem só de documentos e livros ou da oralidade, mais ela brota dos poros e da terra.

Uma das etapas da pesquisa de campo do arqueólogo é a educação patrimonial, que tem o papel não só de levar á comunidade o resultado das pesquisas mas devolver á população local parte de sua história em forma de artefatos arqueologicos. Por isso a educação patrimonial é parte fundamental da pesquisa de campo, já que atraves dela a população que vive aos arredores dos sitios arqueologicos percebe a importância da conservação dos mesmos para gerações futuras enquanto identidade local.